Internacional
Tribunal colombiano anula prisão domiciliar do ex-presidente Álvaro Uribe
A Justiça da Colômbia ordenou nesta terça-feira (19) a libertação do ex-presidente Álvaro Uribe 2002-2010), anulando a decisão que o havia colocado em prisão domiciliar.
Uribe recorre em segunda instância de uma condenação a 12 anos de prisão domiciliar por suborno e fraude processual, em decisão do Tribunal Superior de Bogotá.
O tribunal ordenou a sua libertação imediata enquanto analisa o recurso de Uribe contra a condenação anunciada em 1º de agosto.
O tribunal declarou inválida a cláusula da sentença de primeira instância, que previa a prisão preventiva do ex-presidente Álvaro Uribe, e ordenou que o tribunal de primeira instância emita uma ordem para sua libertação. A medida vigorará até a apreciação final do recurso interposto pela defesa.
A condenação do tribunal em Bogotá ocorreu em março, além de multa e proibição de exercer cargos públicos por mais de oito anos por suborno de testemunhas e fraude processual.
Fundador do partido conservador de direita "Centro Democrático", Uribe comandou a Colômbia entre 2002 e 2010 com discurso de combate aos guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e cartéis do narcotráfico.
Outras investigações que relacionam o ex-presidente com esquadrões de extrema direita, responsáveis por inúmeros crimes contra civis durante o conflito armado no país.
O caso contra o ex-presidente remonta a 2012, quando o senador do Pacto Histórico Iván Cepeda apresentou depoimentos de ex-paramilitares que ligavam Uribe a grupos armados ilegais.
O ex-presidente denunciou Cepeda por suposta manipulação de testemunhas, mas a Suprema Corte de Justiça rejeitou a denúncia e abriu investigação contra Uribe por tentar influenciar testemunhas-chave a mudarem os depoimentos.
Em 2020, Uribe, que na época era senador, renunciou ao Congresso para perder suas imunidades e ter seu caso julgado pela justiça comum.
Recentemente, a procuradora-geral Luz Camargo, indicada pelo atual presidente Gustavo Petro, determinou em 2024 que Uribe coordenou uma estratégia para que as testemunhas mudassem suas versões sob pressão.
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