O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou, neste sábado (30), que a Polícia Penal do Distrito Federal intensifique o monitoramento na residência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Brasília. A medida ocorre a poucos dias do julgamento no STF sobre a trama golpista, previsto para começar na terça-feira (2).

Bolsonaro está em prisão domiciliar e utiliza tornozeleira eletrônica. Segundo a decisão, o monitoramento deverá ocorrer de forma presencial na área externa descoberta da casa, mas dentro do terreno, além de incluir inspeções nos habitáculos e porta-malas de todos os veículos que entrarem ou saírem do local.

O reforço da vigilância responde a um pedido da Polícia Federal, que chegou a sugerir a presença de agentes dentro da residência do ex-presidente em tempo integral. A proposta, no entanto, foi rejeitada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que considerou a medida excessiva, mas admitiu haver risco de fuga pela área externa. Moraes acompanhou o entendimento da PGR.

Na última terça-feira (26), o ministro já havia determinado que a Polícia Penal do DF realizasse vigilância permanente, 24 horas por dia, no endereço de Bolsonaro. O chefe da PF, Andrei Rodrigues, havia defendido que apenas a entrada de equipes no interior da casa garantiria a eficácia do monitoramento.

A decisão deste sábado reforça as medidas de segurança em torno do ex-presidente, acusado de envolvimento na tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.