Em 1º de setembro de 2025 será realizada a reunião do Conselho dos Chefes dos Estados-membros da Organização para Cooperação de Xangai (OCX) em Tianjin. A Sputnik explica o que esperar da próxima cúpula.

Vale destacar que o evento será o maior da história da OCX e contará com a participação de líderes de mais de 20 países e dez organizações internacionais, representando quase metade da população mundial e uma parte significativa do PIB global.

A China, como presidente desde julho de 2024, vai propor as medidas para fortalecer a resiliência financeira da OCX, incluindo transações em moedas nacionais e expansão do comércio eletrônico para mitigar sanções ocidentais.

Os temas prioritários da reunião serão o desenvolvimento da economia verde e tecnologias de inteligência artificial (IA) para gerar a soberania tecnológica e competitividade dos Estados-membros.

Os documentos finais da cúpula — a Declaração de Tianjin e a Estratégia de Desenvolvimento da OCX até 2035 — estabelecerão uma visão comum para segurança, integração econômica e governança global, destacando a contribuição do bloco para um sistema mundial mais inclusivo e sustentável.

Apesar dos desafios internos, a organização busca ser uma plataforma multilateral soberana para segurança e diplomacia no Sul Global, oferecendo uma alternativa equilibrada em um cenário geopolítico tenso.

Assim, se a OCX for capaz de alinhar os interesses de sua composição heterogênea, baseando-se em infraestrutura comum, interoperabilidade digital e mecanismos de segurança coletiva, ela poderá oferecer uma "terceira via" entre o confronto das grandes potências e o colapso do sistema internacional.