Semanas após enviar navios militares para as proximidades da costa venezuelana, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (2) que as Forças Armadas do país atacaram uma embarcação carregada com drogas na região do mar do Caribe.

"Acabamos de, literalmente nos últimos minutos, abater um barco carregado de drogas, havia muitas drogas que vieram da Venezuela — e estão vindo em grande quantidade do país. Muitas coisas estão saindo da Venezuela. Então nós o destruímos", afirmou Trump à repórteres no Salão Oval da Casa Branca.

Na sequência, o secretário de Estado Marco Rubio publicou nas redes sociais que a embarcação era operada por uma "organização designada como narcoterrorista".

Desde o fim de agosto, o governo Trump determinou o posicionamento de mais de quatro mil marinheiros e fuzileiros navais em embarcações militares norte-americanas sob a justificativa de combater o tráfico de drogas, tendo a Venezuela como principal foco.

A situação levou o presidente venezuelano Nicolás Maduro a determinar a mobilização de quase cinco milhões de reservistas diante das ameaças dos Estados Unidos, situação que, segundo ele, coloca a região diante do maior risco da história. Na última segunda (1º), Maduro afirmou ainda que Trump "deve ter cuidado" ao seguir os conselhos de Rubio.

Ainda de acordo com o presidente da nação latino-americana, ao menos oito navios de guerra dos Estados Unidos, 1.200 mísseis e um submarino nuclear miram a Venezuela.

A aproximação de soldados de Washington fez com que Caracas classificasse a ação como tentativa de intimidação.