O deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias (MDB), é alvo de duas operações simultâneas deflagradas nesta quarta-feira (3) no Rio de Janeiro. Suspeito de tráfico de drogas, comércio ilegal de armas, corrupção e lavagem de dinheiro, o parlamentar teve a prisão decretada pela Justiça Federal e pelo Tribunal de Justiça do RJ. Até a última atualização, ele não havia sido localizado e já era considerado foragido.

As ações, chamadas Operação Zargun (federal) e Operação Bandeirante (estadual), mobilizam a Polícia Federal, Polícia Civil e Ministério Público. No total, foram expedidos 18 mandados de prisão preventiva e 27 de busca e apreensão, incluindo a sede da Alerj. Os alvos também terão bens bloqueados no valor de R$ 40 milhões.

Entre os presos estão Gabriel Dias de Oliveira, o “Índio do Lixão”, apontado como chefe do Comando Vermelho, e Luiz Eduardo Cunha Gonçalves, o Dudu, assessor de TH. Segundo as investigações, o deputado teria usado o mandato para favorecer a facção, inclusive nomeando aliados para cargos na Assembleia Legislativa.

A PF afirma que a organização criminosa atuava importando armas do Paraguai e equipamentos antidrone da China, revendidos até para facções rivais. Já o MPRJ aponta vínculos de TH e comparsas com os complexos da Maré, Alemão e Parada de Lucas, onde intermediavam tráfico de drogas, venda de armas e movimentação de grandes quantias em dinheiro.

TH Joias assumiu o mandato em 2024 como suplente, após a morte do deputado Otoni de Paula Pai. Antes da carreira política, ficou conhecido pelo design de joias personalizadas usadas por artistas como Poze do Rodo, L7 e o jogador Vini Jr..

O MDB anunciou a expulsão imediata do parlamentar após a repercussão das operações, alegando que ele já não seguia a orientação partidária.