O Tribunal do Júri de Maceió condenou nesta quinta-feira (4) Albino Santos de Lima, conhecido como “serial killer de Maceió”, a 14 anos de reclusão pela tentativa de homicídio contra o barbeiro Alan Vitor dos Santos Soares. O crime ocorreu em 12 de junho de 2024, no bairro Vergel do Lago. Além da pena, o réu deverá pagar R$ 50 mil de indenização à vítima.

Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público de Alagoas (MP-AL), Alan retornava do trabalho para a casa da avó quando percebeu que estava sendo seguido. Logo depois, foi surpreendido por quatro disparos: um na nuca, dois no pulmão e outro de raspão na orelha. O barbeiro sobreviveu após permanecer mais de dois meses internado, incluindo 30 dias em coma.

O próprio Alan reconheceu Albino como autor dos disparos e procurou a polícia após ver reportagens sobre o acusado em outros casos de homicídio. O depoimento dele foi determinante para o avanço das investigações.

Durante a apuração, a polícia encontrou no celular de Albino capturas de tela das redes sociais da vítima, comprovando que ela vinha sendo monitorada. Também foram identificadas pastas digitais organizadas com registros de possíveis alvos, notícias de crimes já cometidos e autorretratos do acusado em cemitérios. Alguns desses arquivos eram nomeados como “odiadas instagram” e “mortes especiais”, com datas circuladas em calendários, sugerindo planejamento dos ataques.

De acordo com o promotor Antônio Vilas Boas, o réu é suspeito de vários homicídios em Maceió, todos com o mesmo padrão: jovens com perfis semelhantes, acompanhados previamente em redes sociais. “Apesar das negativas em plenário, as provas reunidas pelo Ministério Público foram suficientes para convencer os jurados. Essa decisão reafirma o compromisso de garantir justiça às vítimas e preservar a ordem pública”, afirmou.

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